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Havia um projeto para reformar e ampliar este prédio todo estruturado em concreto armado, por parte do departamento de arquitetura e engenharia da própria autarquia. O sobrado de 57 anos, já estava abandonado fazia mais de uma década, por ser pequeno, em 2008. Neste meio tempo foi aprovado o Plano Diretor, em que exigia um recuo de 1,50 m nas duas ruas. Ao mesmo tempo defendia os Prédios Históricos ao longo da Rua Tristão, e apesar de não ser tão antigo, é um exemplar modernista importante da memória taquarense. Quando percebi que o projeto proposto para a Prefeitura Municipal aprovar e dar a licença para a construção-reforma, este seria descaracterizado, ao eliminar os cobogós (elementos vazados em grelha) e redimensionar as aberturas, entre outros detalhes. Passei a defender um revisão do projeto dentro do Conselho de Acompanhamento do Plano Diretor (Conacplan), para que houvesse a ampliação necessária e a restauração das fachadas como sempre foi. Não adiantou, houve pouco caso dos responsáveis e a descaracterização aconteceu, parecendo agora um prédio novo. O avarandado em pilotis foi ocupado e instaladas cortinas metálicas no canto da esquina. Com tudo isto a memória se foi, quem não conheceu não imagina que a estrutura salva (para não ter que recuar, caso fosse todo novo) teria hoje 58 anos de construção. O IPHAE lamentou o fato e o professor Günter Weimer da UFRGS também, para meu consolo.
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